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sábado, 3 de setembro de 2011

O SONO E A MEMÓRIA: DORMIR PARA APRENDER


A ciência enfatiza que o sono é essencial à consolidação da memória e ao desempenho intelectual. Ele define até quais são os horários do dia mais favoráveis ao aprendizado.
A ciência do sono nem existia quando algum dos maiores gênios da história já intuiam que, de algum modo, o repouso tinha papel fundamental em seus inesgotáveis processos criativos. Cada um adotou uma rotina de descanso própria, por vezes excêntrica, em busca do sono perfeito. Três exemplos:
LEONARDO DA VINCI ( 1452-1519)
O pintor da Mona lisa e idealizador do princípio do vôo do helicóptero perseguia o descanso da mente com uma rotina incomum: trocava o sono noturno por cochilos de quinze minutos a cada duas horas.
THOMAS A. EDISON ( 1847-1931)
O inventor da lâmpada mantinha um diário onde avaliava a qualidade do sono na noite anterior. Não queria perder tempo. Não passava mais de três horas na cama.
ALBERT EISNTEIN (1879-1955)
Ele hibernava dez horas seguidas toda as noites, exceto quando estava às voltas com uma nova idéia. Nessas ocasiões, premiava-se com uma hora extra na cama.
Só agora a medicina está explicando os efeitos notados por Edison, Da Vinci e Einstein. A qualidade do sono afeta diretamente as funções intelectuais e artísticas de modo decisivo, regulando as forças mentais durante o período ativo do dia e armazenando o conhecimento e as experiências valiosas da pessoa enquanto ela dorme.
O PROCESSO DE CONSOLIDAÇÃO DO APRENDIZADO
As informações captadas ao longo do dia chegam ao hipocampo, região do cérebro onde fica uma substância - a acetilcolina- capaz de receber e guardar temporariamente os conhecimentos.
Durante o sono, a acetilcolina permanece praticamente inativa, uma vez que o cérebro não recebe novas informações.
Os cientistas descobriram que apenas com a acetilcolina inerte os neurônios conseguem formar uma rede por meio da qual as informações migram à outra região do cérebro, o neocórtex. É nela que fica armazenada a longo prazo a memória relativa ao aprendizado.
AS FASES DO SONO
Fases 1 e 2 - Memória armazenada: MOTORA
Nas duas fases mais leves do sono, o cérebro se encarrega de guardar informações relacionadas a atividades como tocar um instrumento musical ou praticar um esporte.
Fases 3 e 4 - Memória armazenada: ESPACIAL 
Sem ela, responsável pelo senso de direção, não seria possível ir de casa para o trabalho sem a ajuda de um mapa.
Fase Rem - Memória armazenada: INTELECTUAL
A fase do sono na qual ocorrem os sonhos é fundamental à permanência no cérebro de novas informações relativas à atividade intelectual, como o que se aprende em sala de aula.
O RELÓGIO PADRÃO
Com base na observação da atividade cerebral, os cientistas já sabem que os melhores períodos do dia para a aquisição de novos conhecimentos são determinados basicamente em função da hora em que a pessoa acorda. O sono ideal para o aprendizado vai das 22 hs às 6 hs. Eis as razões:
Das 6h às 8h
O período é desfavorável ao estudo. Os bilhões de neurônios inertes durante o sono precisam de pelo menos duas horas para voltar à ativa.
Das 8h às 12 h
O corpo libera hormônios, como o cortisol e os da tireóide que estimulam a atividade dos neurônios. São quatro horas valiosas para a assimilação de informações.
Das 12h às 13h
Hora do almoço. O corpo está voltado para a produção de um conjunto de hormônios que confere sensação de fome. A capacidade de concentração fica comprometida - evite estudar agora
Das 13h às 14h
O processo de digestão consome cerca de uma hora e provoca ainda mais lentidão dos neurônios. Pesquisas revelam que uma sesta nesse período potencializa a memória
Das 14h às 18 h
O corpo volta a liberar hormônios que melhoram a performance dos neurônios. É boa hora para a apreensão de novos conhecimentos.
Das 18h às 21h
Bom momento para uma revisão da matéria. Novas pesquisas mostram que justamente doze horas depois de despertar que os neurônios mais se dedicam ao processamento de informações assimiladas ao longo do dia.
Das 21h às 22h
O corpo produz a melatonina - o hormônio do sono- e o cérebro passa a funcionar em ritmo mais lento. O ideal é voltar a estudar no dia seguinte.
CONCLUSÃO:
Para quem obedece ao horário padrão, as janelas favoráveis à aquisição de novos conhecimentos duram onze horas num dia, em média, 20% mais do que aqueles que costumam dormir apenas cinco horas por noite. Para completar, com menos de oito horas de descanso, 90% das pessoas não conseguem fazer o devido uso da capacidade de armazenamento das informações no cérebro à noite, o que prejudica a memória. E ainda estarão mais cansadas para as tarefas intelectuais do dia.
PONTEIROS TROCADOS
Especialistas esclarecem por que certos hábitos noturnos podem interferir no aprendizado em quatro situações:
Acordar ao meio dia
As pesquisas mostram que o melhor sono é até as 8 hs, quando fatores como temperatura mais baixa do corpo e a menor luminosidade contribuem para o descanso. O desajuste nos ponteiros ainda encurta os períodos mais favoráveis do dia ao aprendizado.
Dormir menos de oito horas
Não são todas pessoas que precisam dormir oito horas seguidas, mas essa é a média de tempo que 90% delas levam para passar por cinco ciclos completos de sono - o que é o ideal. Depois da conclusão de cada ciclo, são dois os efeitos positivos ao aprendizado: o descanso da mente e a consolidação da memória.
Trocar o dia pela noite
O sono diurno não é tão bom quanto o sono noturno. À noite, a produção de hormônios fundamentais à realização de funções vitais é mais intensa e os períodos do sono REM são mais longos. Como é justamente nessa fase do sono que ocorre o processo de consolidação da memória, é melhor dormir à noite.
Crianças que dormem pouco
Elas precisam de mais tempo para armazenar na memória a vasta quantidade de informações assimiladas ao longo do dia e para produzir hormônios de crescimento. Dos 5 aos 12 anos, portanto, deve-se dormir, em média, dez horas seguidas.
A INSÔNIA
É uma doença que deve ser tratada com psicoterapia e, se ainda for preciso, com médico especialista. Muitas vezes, traumas guardados à nível inconsciente são responsáveis pela falta do sono ou sono sem qualidade. Existem traumas que foram gerados na gestação, no parto ou na primeira infância e nem temos lembrança do acontecimento à nível consciente.
A premissa é: uma pessoa saudável física e psicologicamente deve dormir bem. Caso contrário, o problema da falta de sono não deve ser subestimado, deve-se procurar ajuda.

5 comentários:

  1. É engraçado isso,acordo geralmente as 6 da manhã, tenho um dia super corrido sempre, e quando anoitece não tenho sono, vou dormir lá pela uma da madruga! Por isso que minha memória anda tão ruim! E eu culpando o alemão! rs

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  2. É isso mesmo! Você dorme poucas horas, prejudicando a memorização. A questão é saber se te bastam essas poucas horas de sono ou se você se sente cansada durante o dia. Nesse caso, pode-se lançar mão de recursos relaxantes naturais para te "derrubar" mais cedo.

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  3. E o que acontece conosco, quando passamos noites a fio tendo sonhos perturbadores, Valência?

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  4. Josy, me desculpe pela demora na resposta. Pesadelos são avisos do inconsciente dizendo que tem algo que vc precisa tomar consciência. São fortes, provocam reações físicas para que vc preste atenção. E se vc não entendeu, eles persistem. Precisamos de ajuda de um especialista para analisá-los pois são mensagens codificadas. Muitas vezes a consciência resiste em aceitar algo que ela entende como algo ruim para nós, mas não é. Essa troca de informações entre nosso inconsciente e a nossa consciência é necessária para um psiquismo saudável.

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